Antes de Crepúsculo e antes mesmo de Kristen Stewart ser abordada para estar em On The Road do diretor brasileiro Walter Salles, a jovem atriz leu o romance de Jack Kerouac na escola. Ela contou ao Movieline que ela leu o livro porque era uma leitura obrigatória, mas a sua experiência com o agora clássico americano evoluiu. “Eu achei o livro divertido”, disse ela. Mas depois de ler e estudar mais, tornou-se muito mais atraente e ensinou lições de vida sobre crescer, fazer escolhas e lidar com inibições. Ela também enfatizou que, enquanto ele interpretou a comparativamente aventureira Marylou, ela não julgou a sua personagem desinibida.
“Eu aprendi com o livro que realmente se tem uma escolha sobre quem está a volta. [Como um jovem adulto] percebe que pode escolher com quem quer estar”, Stewart disse ao Movieline em Toronto onde On The Road estreou no fim de semana. “Até a este ponto está realmente circunstancialmente com a sua família, ou algo assim, mas em algum ponto pode -se ‘escolher’ sua família.“
“Eu tenho uma família ótima, por sinal, mas é preciso encontrar pessoas que podem tirar algo de nós que poderia de outra forma ser invisível. E quando eu li o livro, eu pensei, ‘Deus eu preciso encontrar pessoas assim’. Eu definitivamente não sou o tipo de Marylou. Mas conforme eu fui lendo enquanto fui ficando mais velha, o peso disso começou a significar algo mais.”
Na versão cinematográfica do livro, Stewart interpreta Marylou, que foi primeiro casada, depois divorciada e, finalmente companheira ao longo da vida/amante/companheira de espírito livre de Dean Moriarty. A história gira à volta de Dean (baseado na vida real de Neal Cassady) que se encontra com o amigo Sal (o próprio escritor Jack Kerouac) enquanto os dois viajam pelos Estados Unidos, assim como o Canadá e México. Como Dean, Marylou é tudo menos monogâmica e ela brinca com os prazeres que são estranhos para a diversão saudável da cultura conservadora dominante da década de 1950.
Stewart e o resto do elenco, incluindo Garret Hedlund (Dean), Sam Riley (Sal) e Kristen Dunst (Camile), reuniram-se com os parentes dos personagens da vida real que eles interpretaram, além de outras pesquisas antes de embarcarem em On The Road. Stewart disse que não queria simplesmente abordar Marylou como uma jovem mulher rebelde com moral duvidosa, mas explicou que enquanto ela ganhou a compreensão dela, ela manteve-se até certo ponto, uma figura enigmática.
“Para interpretar um papel como Marylou, ela é muito vivida e colorida, mas também à margem”, disse Stewart. “Não se conhece o seu coração e cabeça e como e porque ela faz o que faz. Na altura que se filmou, eu não queria interpretar simplesmente como uma miúda sexy e aventureira. Com as pesquisas que pudemos fazer, aplicando os porquês e poder conhecer as pessoas por trás dos personagens faz-te pensar diferente sobre o livro.”
Stewart continuou, “Não é fácil viver uma vida como essa e isso é que faz essas pessoas notáveis. Eu sempre me perguntei como é que ela poderia aguentar. O quão fundo era este poço? O quanto te poderiam ter tirado? O que eu descobri sobre ela é que exclusivamente para ela – e não para a época que ela viveu – foi a sua capacidade de ver através dos defeitos das pessoas e ver o passado deles, que era inacreditável. Ela era simplesmente uma mulher maravilhosa. Ela era contagiante. E, não, eu não a julguei.”
Kristen Stewart apareceu em alguns momentos pensativa e em outros momentos lúdica ao descrever o seu papel e o seu apego excepcionalmente longo a On The Road. O período coincidiu com ser catapultada com a altura da fama através da Saga Crepúsculo, que transformou em atenção zelosa dos chamados twihards que viviam indiretamente através dela e da sua co-estrela e namorado igualmente elogiado Robert Pattinson. E como o mundo sabe agora muito bem, que o relacionamento bateu os patins no brilho de legiões de fãs através de um ataque da mídia.
Apenas algumas semanas depois da onda de atenção, Stewart bravamente enfrentou a mídia para On The Road, embora manipuladores fossem claros antes de designar um tempo de entrevista – o sujeito precisava permanecer ‘sobre o tema’. Ainda assim, Stewart falou sobre si mesma, dizendo que a experiência que teve com On The Road lhe tinha dado algumas lições de vida, tanto profissionalmente como atriz e também como indivíduo.
“Se isso me ensinou alguma coisa, é que se parar de pensar e apenas respirar através disso, fica-se um melhor ator. Apenas tem que fazer o trabalho inicialmente e depois confiar que se já fez esse trabalho e não ficar muito analítica. Você tem que confiar que já completou esse esforço”, disse ela.
E além do trabalho, Stewart disse que agora tem mais confiança para dizer o que pensa com menos medo do que em seus primeiros anos.
“Abriu -me de uma forma que provavelmente é mais adequada para minha idade. Acho que estou um pouco menos inibida, e não pensando muito antes de falar. Não é sobre ser vergonhosa, eu estou um pouco mais sem vergonha por causa disso, e isso provavelmente começou aos 15 anos. Posso estar ao pé das pessoas e dizer o que acho sem medo.”