Responsável pelo primeiro filme da saga Crepúsculo,Catherine Hardwicke está revoltada com o tratamento dado às directoras em Hollywood.
A cineasta revelou que ficou interessada em dirigir O Vencedor quando este era apenas um projecto, mas que não conseguiu nem ser recebida pelos produtores. “Meu filme anterior tinha rendido US$ 400 milhões e não consegui ao menos ser entrevistada”, afirmou.
Hardwicke recebeu como resposta o fato dos responsáveis pela produção estarem procurando um director homem, uma vez que se tratava de um filme sobre boxe, o que causou ainda mais indignação: “Se é um filme sobre acção, sobre boxe, deve ser comandado por um homem… mas não vêem problema em um homem dirigir Sex and the City ou qualquer outro filme de mulherzinha”.
Esperava-se que a vitória de Kathryn Bigelow no Oscar 2010 de melhor direcção, por Guerra ao Terror, impulsionasse uma maior presença das mulheres no primeiro time de Hollywood, mas não foi isso o que aconteceu.
Em 2010, apenas duas directoras ganharam destaque na mídia e nas premiações (apesar de não figurarem na lista final do prémio da Academia): Sofia Coppola, por Um Lugar Qualquer, filme vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza; e Lisa Cholodenko, por Minhas Mães e Meu Pai, estrelado por Julianne Moore e Annette Bening.
Com sete indicações ao Óscar, incluindo melhor filme e melhor director (David O. Russell).
Actualmente, Catherine Hardwicke trabalha na pós-produção de A Garota da Capa Vermelha, recriação da fábula da Chapéuzinho Vermelho com Amanda Seyfried e Gary Oldman.