Um melancólico ‘Welcome’ para uma adolescente necessitada. “Quanto à Stewart, sua subtileza e madura compreensão dessa danificada personagem, é impressionante.” Prova positiva de que mesmo o mais incompetente filme pode ser resgatado por uma boa actuação, Welcome to the Rileys é um título desafiantemente animador pra uma história dolorosamente sombria.
No começo parece impossível gastar mais que cinco minutos com Doug Riley (James Gandolfini) e sua esposa, Lois (Melissa Leo). Congelados na dor de perder sua filha de 15 anos oito anos antes, o casal sobrevive em um estado de suspensa animação. Ao dia, Doug gerencia seu negócio de encanamentos; uma noite por semana, indo regularmente escondido ao jogo de poker, ele mantém um longo caso com uma garçonete de panquecas (Eisa Davis). Lois, petrificada pela agoraphobia, se esconde em sua casa em Indianapolis com o quarto de sua filha perfeitamente preservado.
Tudo muda quando Doug vai para New Orleans para uma apresentação profissional e esbarra com Mallory (Kristen Stewart), uma stripper desbocada e ocasionalmente prostituta. Uma fugitiva de idade indeterminada, Mallory vive de aluguer em uma casa decadente com instáveis utilidades; quando Doug prova desinteresse sem seu talento sexual, ela se concentra em sua simpatia e carteira. Mas Doug está sentindo uma poderosa dose de transferência: Ele não quer apenas ajudar essa criatura, ele quer ser seu pai.
Como Doug conserta o encanamento de Mallory, paga suas multas e cozinha para ela, Lois decide superar sua deficiência e ir buscar seu marido. Por um tempo, o roteiro de Ken Hixon divide-se em narrativas paralelas, como nós seguimos a separada mas igualmente redentoras jornadas de Doug e Lois, e é aí que o filme ganha força e interesse visual. O cinegrafista Christopher Soos trabalha melhor com tranquilidade, suas cenas internas da sombria casa dos Rileys transmite um ambiente mergulhado em tristeza e, nós vemos depois, a culpa. Uma cena onde Lois faz o seu cabelo na sala evoca excelentemente o estado da mulher, seu casamento e sua vida inteira.
Um antiquado, às vezes forçado drama, pode tocar sob sua pele se você deixar, Welcome to the Rileys dá uma guinada como o carro de Lois quando ela tentar tirá-lo de sua garagem pela primeira vez em anos. Inspirador de um jeito mais momentâneo, o filme deixa complexidades emocionais se acumularem lentamente, uma conversa e imagem de cada vez. Em uma cena de amor em especial, Lois passa pela luz da Lua em um motel de beira de estrada, etérea em sua camisola, enquanto a câmera sobe e se afasta como uma alusão a sua nova coragem.
Usando locações com uma atmosfera de um bairro francês, o director Jake Scott transforma a vida em um conto de fadas, que se apóia precariamente em suas três estrelas. Leo está magnífica como sempre, mas é Gandolfini, usando várias entoações de voz, que segura o filme. Projectando sem esforço, uma necessidade emocional que nunca é perturbadora, ele dá a crescente conexão de Doug com Mallory um toque de autenticidade. Lois compra roupas íntimas para a garota e trata de seus “problemas de mulher,” mas é Doug que muda sua vida.
Quanto à Stewart, seu suave e maduro domínio dessa danificada personagem é impressionante. Mas depois de fazer biquinho e ficar de cara emburrada por toda a Saga Twilight, nós podemos apenas esperar que seus próximos projectos lhe dêem um motivo para sorrir.
FONTE: Kstewdefenders
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