02/11/2010

Jake Scott Fala de WTTR e Kristen Stewart

Recentemente eu fui sortudo o bastante para falar por trinta minutos inteiros, com o diretor Jake Scott que tem a carreira mais voltada a vídeos musicais e comerciais. Seu currículo inclui REM – Everybody Hurts, que ganhou múltiplo prêmio no MTV Vídeo Awards incluindo melhor diretor. Seu currículo em comerciais é igualmente impressionante com apresentações da Nike, que ganhou um Emmy, AICP e Andy Award, também um comercial para Adidas, que ele ganhou dois Clio’s pelo mesmo comercial. Seu segundo filme longa-metragem Welcome to the Rileys é um intimo retrato de três pessoas individuais que estão todas lutando para superar tragédias da melhor maneira que sabem. O elenco inclui alguns dos meus favoritos, James Gandolfini, Melissa Leo e Kristen Stewart.

P: Com sua experiência em vídeos musicais como este filme chegou a você e o que o fez decidir fazê-lo?

Jake: É engraçado porque isto apareceu um pouco hoje e vídeos musicais é uma coisa que eu faço há muito tempo… Eu ainda faço casualmente, mas eu não fiz um há alguns anos agora. Eu na verdade faço mais comerciais… vem da mesma coisa que eu considero. Eu venho tentando algumas vezes fazer vários projetos e desenvolver coisas que não eram dramas familiares, mas toda a essência do personagem baseava os projetos. Eu sou muito mais atraído àquele tipo de material e foi realmente frustrante com o projeto que eu estava desenvolvendo, está levando muito tempo… Eu não sei por que não conseguimos fazer isso ir em frente, mas era semelhantemente sobre família e sobre um personagem condutor… Michael Costigan que veio correndo para Scott Free… Eu estava reclamando com ele um dia e ele disse, ‘por que você não lê este script… Eu acho que isso é uma coisa que você iria gostar, por que você não leva em conta?’ Então eu li o script e amei o que li… não é como se fosse estratégico, foi realmente um sentimento sobre a história e pelos personagens que eu amei e realmente simpatizei. Eu de certa forma uma normalidade no casal Riley, eles levam um tipo muito comum de vida no centro-oeste… e então são jogados em outro mundo, e é uma coisa um pouco fantástica de dizer a história deles… Eu tentei não ler rapidamente, bom ou ruim você sabe, porque se é ruim você fica realmente machucado ou fica bastante zangado, e se for bom vai subir a sua cabeça. Mas o que obtive foi aquele enredo um pouco familiar. Eu gostaria de saber quais filmes são iguais… Eu acho que no quarto meio que cobre alguma área; não é tanto uma familiar quanto uma metade de filmes sangrentos que são feitos em estúdios. Você sabe o que eu quero dizer?… até mesmo o final na maioria das vezes. Então para mim, eu pensei que isso era incomum e eu conheço meu cinema. Eu achei que isso era uma circunstância muito incomum para o personagem Doug Riley se encontrar.

P: O filme é um íntimo porta-retratos desses três personagens.

Jake: É isso que eu amo nele, é isso que eu amo sobre o script, foi íntimo e pequeno e a grandeza deles. Então quando fiz o filme eu tentei fazê-lo pelas perspectivas dos personagens… não há muitas grandes filmagens, ou sobre muita sujeira em New Orleans, é realmente um porta retratos das pessoas, eu realmente contive e me restringi, porque em New Orleans você pode obviamente ir a loucura…me restringi a todas aquelas coisas e tentações, como um diretor… Eu não sei você sabe, é diferente, um vídeo musical é um vídeo musical e isso é um filme e eu sou um amante de filmes. Eu acho que com o meu primeiro filme Plunkett & Macleane, eu fiz todos os erros que um diretor de vídeos musicais pode fazer no seu primeiro filme, eu os fiz. Eu provavelmente posso escrever um livro sobre esses erros, então eu não os cometeria novamente.

P: O filme capta algumas performances inexperientes, você pode falar sobre o elenco do filme e em particular sobre Melissa Leo? Ela tem uma performance tão poderosa, mas acuada, que como uma mãe é tão fácil de ser relatada.

Jake: Sim, eu quero dizer, ela é mãe. Ela tem um filho que tem vinte e três anos e eu sou um pai de quatro…

P: E eu tenho três.

Jake: Você tem três, é isso aí, você sabe como é… e Jim é um papai, na verdade Kristen vive em uma família estendida um pouco engraçada… há outras crianças também, então todos nós viemos a isso com o conhecimento de nossas próprias vidas. Foi sem experiência, mas eu gosto de dizer que foi autêntico. Eu procurei ser tão autêntico quanto pude ser com esses personagens, sem partir para o que eu vejo muito… aonde tudo fica um pouco melodramático, ou fica todo o tempo um pouco pesado e você chega nesse tipo de cenas intermináveis dessas pessoas chorando e gritando… Isso é um problema para mim. Isso foi um perigo. Que você acabaria, em uma consciência própria esbravejando realismo também… você sabe o que eu quero dizer.

P: Uma direção estreita de ser seguida?

Jake: Sim, você realmente tem que seguir esta direção estreita e autenticar o retrato dessas personagens, e aqueles começos e finais com o elenco realmente… o elenco é realmente importante… Eu tive uma batalha com o elenco, porque há sempre essa urgência de escalar um nome e acredite James, Melissa e Kristen, naquela época, não eram nomes… e você vai perguntar ‘que diabos você está falando? Não eram nomes?’… Há esse costume que eu encontrei, todo esse tipo de preço de etiqueta na cabeça dos atores, um sinal sobre a sua cabeça sobre o que eles são e o que eles não são, e eu tenho essas economias… então eu apenas determinei e eu recusei absolutamente a escalar alguém que eu não achava que era certo, que iriam querer o filme pronto. Eu não faria… há épocas que você pensa: “bem, que se dane se eu escalei alguém que não se encaixa”, mas eu não podia fazer isso. Teria sido um desastre se tivesse feito isso, então eu simplesmente estaquei em minhas armas… eu estou realmente contente que eu fiz isso, porque para mim, a coisa mais importante é a performance.

P: Bem, eu estou bastante feliz que você fez isso, porque a performance dos três são fantásticas.

Jake: Obrigado, isso é ótimo de se ouvir.

P: Eu li que você e Kristen tiveram um tipo de passeio por alguns clubes de strip em LA, para a performance dela e Melissa Leo disse que Kristen entrou tanto em seu personagem que quando elas se encontraram antes das filmagens ela não a reconheceu.

Jake: Melissa realmente disse isso? Eu acho que eu lembro de ouvir isso. A coisa dos clubes de strip em LA… eu achei que seria uma boa idéia, ir com ele e ver como ela reagiria e dar á ela um sentido de como era, então para que assim ela pudesse começar, você entende. Meio que sair do intelectual, do preconceito do que é e realmente ver como é… porque filmes Eu acho que na maioria das vezes, retratam aquele mundo de forma errada. Eles retratam mal ou eles o embelezam… Uma grande parte dessas garotas estão realmente danificadas, estar fazendo isso em LA é uma coisa, strip no por do sol… mas quando você vai á New Orleans, nesses lugares de esquina, a coisa fica bem, bem obscura, rapidamente… eu pensei em levar ela em um em LA… eu meio que queria ver como ela se sairia… foi como um patinho fora da água, ela estava realmente interessada e eu na verdade tinha uma garota, não porque eu pedi, mas porque essa garota na verdade veio onde nós estávamos sentados e começou a dançar em cima de mim. Kristen estava rindo e eu estava tão embaraçado, foi como uma porcaria, cara, eu não sei se meus atores deveriam me ver fazendo isso… foi uma boa maneira para nós de relaxar, e de criar um vinculo também.

P: Eu não tenho certeza como você pode explicar sobre estar lá fazendo pesquisa.

Jake: Eles não sabiam e na verdade em um strip clube que nós fomos… não estava aberto á negócios. O cara na verdade disse, então custe, volte depois e nós vamos tentar de encaixar. Foi como se ‘Deus, ela é ótima nós temos que tê-la lá.’


P: Qual foi o processo de como escolher a partitura do filme? Você tem tanta experiência de trabalhar de dirigir vídeos musicais, onde eu presumo que a musica decide o visual e aqui você tem a situação inversa.

Jake: Eu provavelmente escuto mais musica do que assisto filmes eu sou realmente, realmente voltado para a música… eu sou daquele tipo de pessoa que meio que ama de tudo… New Orleans funk é um dos meus tipos favoritos de música, funk e blues, você sabe foi tentador ir lá… mas (Doug) nos está lá para uma festa, está lá para escapar e se esconder… nós nos referimos a música de New Orleans algumas vezes, há alguma fonte de música que nós usamos… que está mais no plano de fundo. Eu a mantive bastante baixa na mixagem… mas a partitura tem haver com Doug, não com New Orleans. A partitura é bastante guiada pelos personagens e as suas jornadas e suas experiências. Nós usamos um banjo na partitura, mas não usamos da maneira que normalmente é, que foi uma ótima idéia de Marc Streitenfeld. Novamente, você disse isso. Foi inteligente não ter feito isso… porque a música de New Orleans a maior parte música de festa, e como eu disse eles não estão lá para festejar. Não era relevante. Há uma boa contraparte na cena do clube de strip que é preenchida com esse tipo de música. Eu coloquei Keel porque eu amo Keel e eu gosto daquela faixa, simplesmente se encaixa quando nós colocamos para tocar na cena. É um pouco legal demais para um clube de strip, mas a maioria das pessoas não conhecem aquela música… então lá é hip hop e alguma música para dançar, que é o que eles tocam.
P: Qual era a cena mais difícil de dirigir, dado que é um filme tão íntimo?

Jake: Há algumas cenas que não estão no filme, que foram um grande pesadelo de serem dirigidas. Teve uma em particular extremamente complicada, entre Jim e Melissa. Eles não sentiam que nós estavamos focalizando em um ponto… na verdade terminou no filme, como uma cena bastante breve onde eles estavam sentados em degraus… aquele cena nos degraus entrou em toda uma coisa de destino e Deus. Nós tentamos, nós re-filmamos e eu simplesmente não consegui fazer funcionar e eu pensei que talvez eu não conseguisse dirigir, eu não sabia porque aquilo não funcionava. Tudo que nós tentamos não funcionou, então nós não colocamos no filme e não precisava estar no filme. É por isso que não funcionava… Eu acho que a última cena, onde ela corre e pula do carro e diz, ‘eu não sou sua filha é muito tarde para essa merda…’ aquela cena foi uma das ultimas cenas que nós filmamos e foi realmente árduo fazê-la ficar direito… eu acho que é porque nós achamos que seria uma cena fácil, porque era essencialmente dramática. Mas na verdade, quando nós chegamos lá e começamos a trabalhar, não parecia certo. Então Jim e eu começamos a improvisar um pouco… Eu acho que nós todos esperávamos que fosse uma cena emocionante, incluindo Jim… e ele disse, ‘quer saber de uma coisa, essa não é hora dele chorar…’ e eu disse ‘você sabe que eu sinto a mesma coisa.’ Isso é mais uma brusca e chocante realização para ele… você percebe que não vai solucionar, ele acorda e percebe, porque ela disse, eu não posso fazer isso, não é certo. Ela tem sua própria vida para viver e essa não é minha filha.

P: Essa cena para mim deixou um sentiu bastante vazio.

Jake: Há de repente um vazio novamente onde tinha sido preenchido por Mallory.

P: As três personagens no filme meio que passam a curar umas às outras, quando se chega ao final do filme é como o começo delas.

 Jake: Oh, estou tão orgulhoso que você tenha dito isso, porque era justamente isso que eu queria. É o fim do filme que é o início de suas vidas. Essa é exatamente a idéia. De fato, a cena na estação de ônibus é a primeira cena do próximo filme.

P: Você deixou um questionamento sobre o que aconteceu a eles. Eles mantêm contato? Lois continua a viver e a nada escorregou por ela dentro da sua casa?

Jake: Cabe a cada um decidir. Eu tenho minhas idéias, quem sabe? Não sabemos o que vai acontecer na vida.

P: Era aquela parte o atrativo do script?

Jake: Sim. Quero dizer, o filme é sobre aprender a viver com forças incontroláveis. A força incontrolável da morte, da vida, do sexo… Sexo é uma coisa bem temática no filme. A filha… a necessidade dela de sair à noite com seu namorado, que Lois tenta prevenir, porque ela teme… o aspecto sexual disso, tenta pará-lo e isso resulta em sua morte. Então ser confrontada por essa criança sexual, foi intangível para Lois. Ela não pode suportar ver essa criança fazer isso a ela mesma, mas isto é uma força incontrolável de novo. Isso realmente foi um grande tema no filme.

P: Qual é o próximo, você tem projetos no trabalho?

Jake: Voltar a fazer comerciais e tentar desenvolver outros projetos. Uma coisa, eu esperar para começar é como as primeiras fases de ter um script escrito. Uma coisa chamada Murder At 19,000 Feet. É sobre uma monja tibetana no Himalaia testemunhada por estes alpinistas, e é isso que acontece com testemunhas e isso realmente joga aquela questão de “O que você teria feito nesta situação? O que você faria?”. Sobre costumes virtuosos e uma decisão virtuosa e o limiar de classes. Eu realmente espero que esse aconteça e pareça imensamente comercial. Eu amo a história, é muito poderosa.

P: Parece como se tivesse uma premissa interessante?

Jake: É uma história real.

P: Tenho certeza de que você esteve perguntando isso milhões de vezes, mas você foi criado nesta incrível família de filmes. Isso foi mais uma bênção ou uma maldição para você como cineasta?

Jake: É mais uma bênção do que uma maldição. Tem sido uma vida boa até agora… mas… o jeito mais honesto de dizer isso é que sou sortudo de vir de uma família de cineastas realmente talentosos… Eu tive acesso e vi e fiz coisas que muitas pessoas não são capazes, mas aí o que vem com isso é que eu acho que você pode ser julgado injustamente…

P: Posso concluir que há expectativas?

Jake: Há uma tendência das pessoas de apenas concluir que é fácil pra você. Que você foi capaz de ter coisas feitas, fazer coisas… porque seu pai é um grande diretor de filmes famoso. É assim, como se fosse tolice… Eu estou fazendo aquele trabalho, não ele. Trabalhei duro para chegar onde estou e fiz vários trabalhos, e isso tem sido um caminho difícil para mim, como resultado de meu primeiro filme não ter dado certo. Eu acho que eu estava muito machucado pelo que aconteceu com meu primeiro filme… os críticos do Reino Unido em particular, realmente vieram pra cima de mim naquele filme… era como “caralho, caras, me deem um descanso” e não foi tão ruim assim… Teve seus problemas e foi muito falho, e também teve muita… Eu defenderia e diria que tem suas virtudes… era audacioso… Isso meio que matou meu espírito por um tempo e isso lhe dá medo de tentar mais uma vez, porque eles também estão lhe julgando por sua família. Eu só pensei que era tão injusto… você sabe que eu ainda estou gravando comerciais e vídeos musicais e crescendo e tentando mudar… Então minha resposta realmente é, é mais do que uma bênção e eu sou muito, muito sortudo. E os conhecimentos que tive, as coisas que pude ver como um aspirante a cineasta, são como experiências dos sonhos para qualquer cineasta novo que você conheça. Eu realmente encontrei Stanley Kubrick… Penso sobre isso às vezes e penso “Merda, eu preciso fazer isso”. Tenho muito orgulho de meu pai e meu tio. Tenho muito orgulho de ser da minha família, isso só pode ser uma bênção, certo?

P: Você tem todas essas grandes fontes à sua volta por sua orientação e por questionar.

Jake: Nós não tendemos a isso, embora. Sabe, porque eu tenho quarenta e cinco anos e sou pai, tenho quatro filhos e estou continuando com isso. Quero dizer, falamos o tempo todo e temos compromisso como uma família. Isso tende a… como coisas a fazer com a companhia correndo e coisas do tipo. Acho que meu pai às vezes coça a cabeça quando vê minhas escolhas, como este filme. Acho que ele se preocupa. Que ele estava muito preocupado… Eu detecto que houve preocupação quanto à comercialidade. Sei que ele só quer que eu tenha sucesso e um filme como esse é um filme menor, com potencial menor de audiência, correto? Então ele como pai, preocupado com isso, é meio engraçado, não é?

P: Ele é um pai.

Jake: Sim, exatamente, esssa é a coisa, nós somos, simplesmente uma família, como qualquer outra.

P: Acho que há um conceito errado por causa de você ser Ridley Scott ou Sephen Spielberg, que seria fácil ter um filme feito.

Jake: Não cara, eu tenho visto ele batalhar. Eu quero dizer ele entende de batalhas ele tem que batalhar, é insano…

P: Isto é fácil?

Jake: Não é, isso é a verdade, isso uma grande, grande verdade.


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