Um dos editores da GQ, Andrew Richdale, fez um divertido artigo sobre o fim e o adeus ao cabelo de Robert Pattinson – uma utopia masculina que durou de 2008 à 2011. Com muito bom humor ele narra a primeira vez que colocou seus olhos nas tão cobiçadas madeixas e as constantes tentativas de fazer com que seu cabelo ficasse igual ao do nosso astro!
"Eu nunca vou esquecer quando ele chegou na minha vida. Era um daqueles dias vazios nos quais você está com uma enorme dor de cabeça e tudo gira ao seu redor e você começa a acreditar naquela história de que o seu corpo começa a ficar mais lento depois dos 21 anos. Eu estava comendo pizza fria. O Meu DVR estava estragado, então eu não tinha como avançar com os comerciais da TV, foi quando começou —uma propaganda da Volvo. Que tipo de Volvo era? Não faço a minima ideia. Mas não foi o belo carro que chamou a minha atenção. Era Robert Pattinson – especificamente a sua região capilar. Eu mordia meus dedos. Não consigo me lembrar se eu disse “merda” alto e bom som ou se apenas sussurrei, mas aquele momento significou o inicio de uma nova era. Existem uns tipos, aqueles os quais as garotas admiram, que gostam de olhar para fotos de outros tipos, como eu diria, com o corpo lambuzado de óleo em plena Venice Beach na California, levantando quase 200Kgs de ferro sobre o seu peito nu enquanto grunhe. Motivação! Isso era mesma coisa, excepto que o meu tipo estava totalmente vestido, completo e decentemente, e tinha um cabelo que poderia deixar qualquer outra peruca morrendo de vergonha. Disso eu tinha certeza.
Chega a ser estúpido as coisas que fazemos num acto de desespero, mas como eu sou um verdadeiro sonhador, eu tentei fazer um daquele para mim. Num verão, eu parei de cortar o meu cabelo – só para descobrir que meu cabelo cresce para os lados, e não para baixo e mais parece que recebeu uma lambida de vaca. Mesmo assim, eu continuei com o meu sonho – mesmo que fosse contra o meu bom senso – lembrando-me sempre do meu objectivo final. Depois de ler que Pattinson havia renunciado ao shampoo, eu passei dias, semanas – mas que inferno! – até mesmo um mês (isso realmente aconteceu!) sem lavar o meu cabelo, então eu poderia construir uma ‘pelagem’ extremamente agradável. Com certeza eu estava a cheirar mal – miseravelmente! Eu vi uma entrevista na qual Kristen Stewart revelou que ele puxava e torcia as suas madeixas de frente ao espelho, então eu – também – tentei tornar-me o mestre da ‘puxação de cabelo’, puxando, torcendo sem a minima dó, até que alguém me perguntou o que era aquele ninho na minha cabeça; eu me senti mal e entreguei meus cabelos ao meu cabelereiro.
Daquele dia em diante, coloquei-me no meu lugar – ainda ia espreitar como as madeixas de Pattinson cresciam e evoluiam nestes poucos anos que ele está ao nosso lado. Algumas vezes ele era um enorme topete, completamente contido. Em outras, era uma bagunça feita por dedos que ficavam profeticamente despenteados. Em seus últimos dias era quieto e mais suave, curto e com uma textura oleosa da glória imortal. Mas é claro, seus dias estavam contados.
Chega a ser estúpido as coisas que fazemos num acto de desespero, mas como eu sou um verdadeiro sonhador, eu tentei fazer um daquele para mim. Num verão, eu parei de cortar o meu cabelo – só para descobrir que meu cabelo cresce para os lados, e não para baixo e mais parece que recebeu uma lambida de vaca. Mesmo assim, eu continuei com o meu sonho – mesmo que fosse contra o meu bom senso – lembrando-me sempre do meu objectivo final. Depois de ler que Pattinson havia renunciado ao shampoo, eu passei dias, semanas – mas que inferno! – até mesmo um mês (isso realmente aconteceu!) sem lavar o meu cabelo, então eu poderia construir uma ‘pelagem’ extremamente agradável. Com certeza eu estava a cheirar mal – miseravelmente! Eu vi uma entrevista na qual Kristen Stewart revelou que ele puxava e torcia as suas madeixas de frente ao espelho, então eu – também – tentei tornar-me o mestre da ‘puxação de cabelo’, puxando, torcendo sem a minima dó, até que alguém me perguntou o que era aquele ninho na minha cabeça; eu me senti mal e entreguei meus cabelos ao meu cabelereiro.
Daquele dia em diante, coloquei-me no meu lugar – ainda ia espreitar como as madeixas de Pattinson cresciam e evoluiam nestes poucos anos que ele está ao nosso lado. Algumas vezes ele era um enorme topete, completamente contido. Em outras, era uma bagunça feita por dedos que ficavam profeticamente despenteados. Em seus últimos dias era quieto e mais suave, curto e com uma textura oleosa da glória imortal. Mas é claro, seus dias estavam contados.
É engraçado – olhando para aquela cabeça selvagem que fazia com que pensasse que fosse viver rápido e morrer jovem. As melhores coisas do mundo nunca duram muito tempo. Mas isso não fez com que a sua despedida fosse menos trágica ou absurda. Já faz quase uma semana, mas eu não consigo parar de pensar naquela imagem. Mutilada e desmembrada. Raspado pela metade como se fosse a Rosie. Desfilando naquela m*rda da Comic Con como se fosse um prémio Não!
Mas mesmo assim, nós sempre teremos aquele momento – estático no tempo, acessivel através do Youtube – aquele gajo maldito de Crepúsculo saindo de um carro, com o cabelo arrumado como se tivesse sido por um acidente, com todos os fios balançando ao vento, parecendo um Deus, eternamente jovem."
Andrew Richdale é editor associado da GQ.
fonte | via e tradução | via: irmandaderobsten
1 comentário:
Ahahahahahhahaahah
Muito bom:)
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