31/03/2010

ENTREVISTA DE ROBERT PATTINSON PARA "LA PROVINCIA"

O seu personagem em RM é a interpretação mais perto da sua própria personalidade?

Não. Eu acho que é impossível representar você mesmo sendo plenamente consciente do que você está tentando fazer. Eu tento escolher personagens que não são nem um pouco parecidos comigo. O quanto mais desconhecidos eles forem para mim, mais eu posso interpretá-los melhor, porque assim eu não me sinto vulnerável.

Você gosta de personagens torturados?

Esses são os que são oferecidos para mim. Subconscientemente eu tento ser como meus personagens, e eu vivo minhas fantasias por meio deles. Eu adoraria ser uma pessoa jovem e confusa que luta pelos seus ideais, mas eu não sou assim.

Todos batem nele em RM.

Eu prefiro que batam em mim do que bater em alguém. É mais interessante.

Como você descreveria o filme?

É um filme sobre estilo de vida, sobre amor e o desejo de viver. A história é contada pelos olhos de Tyler, que não está consciente sobre as conseqüências de seu relacionamento.

O trauma parece ser a ligação de todos no filme.

Sim, todos dos personagens do filme já enfrentaram a morte, de alguma maneira, perdendo algum membro da família. Então, há uma conexão entre eles, pela tristeza.

Esse foi seu primeiro filme desde “Lua Nova”, isso é um alívio?

Sim. Eu queria fazer um filme pequeno. Algo com um pequeno orçamento, que eu poderia filmar entre as filmagens dos filmes de Crepúsculo. Eu queria uma história que fosse mais realista, porque eu já estava ficando um pouco cansado desse gênero de fantasia. Eu precisava interpretar um personagem normal, que enfrentava questões normais.

Você sente a pressão da fama agora?

Sim, e a indústria também pressiona. É como se todos olhassem para mim. Algumas pessoas estão só esperando eu cair e me esmagar, outros estão convencidos que eu vou conseguir fazer isso. Mas, no meu caso, eu não ligo para as expectativas das pessoas. Eu sou o único que tem que me preocupar com minha carreira.

Eclipse já está por vir…

Eu sei. E eu estou um pouco irritado porque as pessoas irão esquecer da minha performance em Remember Me, e irão manter a idéia que tinham antigamente sobre mim. Eu pensei que Eclipse iria sair 3 meses depois de RM, mas não. Eu só espero que as expectativas não ofusquem o filme, porque o terceiro filme não será muito diferente do segundo.

A “Mattel” tem um boneco com sua imagem, existem biografias suas não-autorizadas, fotógrafos te seguem por todos os lugares. Você se sente como se fosse uma marca?

Sim. A fama pode ser um monstro que consume a sua vida. A única coisa que me irrita é as pessoas que pensam que me conhecem e tentam me relacionar com uma determinada imagem minha. Eu não ligo se Hollywood me vê como um adolescente torturado. Eu irei mudar essa percepção com meu trabalho. Nessa indústria tudo que eles se importam é se você arrecada dinheiro. Não importa se você é o próximo super-herói, ou o próximo vampiro, ou o próximo líder em uma comédia romântica.

É difícil descansar depois de tanta atenção?

É muito difícil. Não há nada que eu possa fazer, mas eu tento achar momentos de paz, senão eu ficaria louco. É irritante quando as pessoas gritam por você nas ruas, ou no supermercado, ou quando você está com seus amigos em um pub. Eu aprecio o apoio dos meus fãs e sou grato. Eu sei que não estaria onde estou sem eles. A parte mais irritante é ter 100 fotógrafos do lado de fora da sua casa, porque eles nunca param, eu vivo me escondendo deles.


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