08/04/2010

MAIS UMA CRITICA DE THE RUNAWAYS

Fui assistir The Runaways na noite passada, cheia de empolgação e esperança de que seria tudo que eu queria que fosse: artisticamente delicioso, totalmente satisfatório poder feminino em um épico do rock.

Meu entusiasmo só balançava um pouco por causa de uma lembrança de Twilight que inevitavelmente me veio, com uma Kristen Stewart meio morta e um pouco enjoada e não muito apaixonada nem por Team Edward, nem Team Jacob. Comecei a ficar hesitante, como se talvez eu tivesse me empolgado demais por The Runaways – será que um cabelo bacana e uma calça de couro poderia transformar a bobinha “heroina” Bella Swan em uma interpretação convincente de Joan Jett, uma de nossas mais clássicas deusas do rock?

Desde a primeiríssima aparição de Stewart na telona, eu me dei conta de que não tinha com que me preocupar. O que transparece na linear franquia Twilight de Stephanie Meyer como passivo e tédio angustiante se traduz no script da escritora-diretora Floria Sigismondi como o genuíno espírito do rock adolescente, forte, quente e masculinizado.

Em suas primeiras cenas Stewart como Jett nos passa uma determinação sem nenhuma vergonha em derrotar as convenções da música popular, personificada em um brincalhão, para não dizer pior, professor de guitarra que diz para ela na cara e meio inocentemente que “garotas não tocam guitarras”.

Stewart mantém a intensidade crua de sua performance durante todo o filme, conforme Jett vai ganhando o respeito do produtor Kim Fowley (um hilária e feia performance de Michael Shannon), que põe as garotas menores de idade debaixo de suas asas e promete preparar elas para o estrelato. Kristen lida com a relação explosiva e complexa entre Jett e a vocalista Cherie Currie (Dakota Fanning, em seu papel adulto inaugural, interpretou de forma muito natural) com delicadeza e maturidade emocional. Resumindo, eu fiquei completamente encantada.

Então, vocês estavam certos leitores, eu retiro tudo que eu disse sobre Kristen Stewart. (Mas não sobre Twilight. Desculpem. Esse continua horrível.) Ela é uma actriz fantástica que finalmente foi contratada para um papel que ela mereça.


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