05/06/2012

ENTREVISTA DE KRISTEN PARA ‘CINEMA MÓVIL’





Na noite de domingo passado ela era considerada a ‘rainha’ da noite durante a cerimonia no MTV Movie Awards. Elogiada e criticada ao mesmo tempo, como toda a figura de mídia poderosa, provavelmente a atriz Kristen Stewart seja a atriz mais relevante para o público jovem dentro do espaço competitivo da cinematografia contemporânea.


Durante a sua passagem pelo Festival de Cannes, a poucos dias atrás, deixou um rastro marcante da sua participação em ‘On The Road’ , de Walter Salles. Embora o filme tenha recebido críticas divididas, a maioria dos comentários concordou que o trabalho de Stewart é uma interpretação corajosa que apagaria qualquer dúvida sobre a capacidade de interpretação jovem protagonista.

Pouco antes da ‘odisséia’ de Cannes, tivemos a oportunidade de falar com a atriz azqui no México, sobre o seu trabalho em ‘Snow White and The Huntsman’, o filme que finalmente poderá vencer ‘The Avangers’ na bilheteira internacional.

‘Desde o início fiquei impressionada com o roteiro. Quando eu li pela primeira vez pensei que se tratava de algo muito bem feito de uma história que todos nos conhecemos, havia um ponto de partida atrativo para o nosso filme, já que a situação do personagem central (Branca de Neve, é claro), era algo diferente do que estamos acostumados a ver em torno deste personagem, que de alguma forma sempre tem representado a mulher ideal como um exemplo ainda da Mãe Terra’.

‘Acho que a inclusão do factor de estar presa durante dez anos numa torre, incapaz de falar com alguém e até mesmo incapaz de ver a si mesma em um espelho, dá um caráter intrigante a proposta. E de repente ela escapa e começa a viver num mundo assustador, que não tem nada a ver com a fantástica terra de ‘conto de fadas’ que imaginou desde criança. O testemunho de como esse personagem, aparentemente suave, consegue sobreviver em uma situação completamente desconhecida, transformando a história em algo completamente original. Se fizessemos como a versão Disney, eu tenho a certeza que o público ficaria entediado. Ninguém se interessa nos dias de hoje por um personagemque que é completamente perfeito’, confessa Kristen durante a conferência realizada no Hotel St. Regis na Cidade do México.

Os seguidores Stewart sabem que no mês de Novembro há outro filme nos cinemas, quando será lançada a última parcela da Saga Twilight e os milhões de espectadores poderão vão ser testemunhas do desenroalr sdas aventuras sentimentais de Bella Swan e o grupo de vampiros e lobisomens que têm alimentado a imaginação do público adolescente nos últimos anos, com esta série de filmes controversos.

‘Tanto Bella e Branca de Neve são mulheres que sofreram muitas coisas, para finalmente se tornar as matriarcas que deveriam ser. No final da viagem, os dois personagens tornam-se em alguém mais forte e mais poderoso de quando a aventura começou. Independentemente destas semelhanças, eu acho que a raíz disso tudo são mulheres totalmente diferentes, por isso eu acho injusta as comparações’.

Sobre esta nova tendência na indústria cinematográfica norte-americana de ‘reinventar’ histórias ancestrais, vestindo-as com elementos contemporâneos e, a fim de apresentá-los como franquias atrativas para as novas gerações, Stewart disse:

‘Alice no País das Maravilhas fez muito dinheiro, que é provavelmente a causa dessa ‘redescoberta’ dos contos de fadas de Hollywood. Acho que essas histórias tenham sobrevivido ao longo do tempo porque se conectam com o público, além de terem um caráter universal. Vejam na história que todos conhecemos, o facto da protagonista lavar o chão e cantar com os pássaros e animais selvagens significava que era a mulher ideal e era representado naquele momento, na época do filme da Disney e, embora que em nossos tempos isso não esteja de acordo com os padrões de conduta, devemos reconhecer que Branca de Neve sempre foi um grande personagem, que precisa ser reinventada para causar o mesmo efeito. Nós todos temos mudado ao longo do tempo’.

Durante nossa conversa, pareceu praticamente impossível não ouvir os gritos e aplausos do grande grupo de seguidores que se reuniram em frente ao hotel, a fim de ver, pelo menos de longe, a sua atriz.

‘Há uma abertura especial nas coisas aqui. Há um elemento de honestidade neste tipo de público, de modo que certamente será inspirado pela simplicidade da história. As pessoas gostam, geralmente, de complicar as coisas, sem qualquer razão aparente. Acho que as pessoas no México vivem as situações tais como são. Eu gostaria de vir visitar mais vezes este lugar. As pessoas realmente ‘sentem’ no México, entende?, não gostam muito de questionar as coisas, não que não tenham a capacidade, mas o público segue ‘com o seu coração’. Eu amo comida mexicana. E sou originalmente de Los Angeles’, acrescentou Stewart.

Não poderíamos terminar nossa conversa sem perguntar sobre K-11, o filme dirigido por sua mãe, Jules Stewart, e que tem a participação da mexicana Kate del Castillo, com um personagem controverso.

‘É um bom filme. Curiosamente desenvolve-se ‘num lugar muito especial’, como no nosso filme. Pensando bem, acho que houve também um grande senso de comunidade na equipe que trabalhou no filme. K-11 aparentemente nasceu do nada, pois minha mãe foi supervisora de roteiro por um longo tempo, eu a acompanhei nos sets de filmagem quase toda a minha infância, e vê-la dar este grande passo para a direção, foi algo estranho. Eu acho que toda essa experiência nos sets de filmagem, deram a ela as ferramentas necessarias para ir pra diração’, concluiu Stewart, que promete retornar a solo mexicano em breve.



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